quarta-feira, 29 de julho de 2015

A minha experiênia na clínica Nishimura

Após procurar o que existia de mais especializado em Portugal, para o tratamento não-cirúrgico da hérnia discal, optei por ir a clínica Nishimura.
Vi uma reportagem que deu na SIC, em que o Emanuel deu o seu testemunho, e decidi que poderia ser uma boa aposta, uma vez que ainda mantinha défice de força no membro inferior esquerdo bem como alteração da sensibilidade e alguma limitação em atividades funcionais.
 
Podem ver essa reportagem aqui: https://www.youtube.com/watch?v=AaHD_O3j0FA
 
Liguei para lá, marquei uma avaliação com o Dr. Nishimura e em meados de Março (2015) lá fui eu.
 

 
 
 
 
Facilmente damos com a clínica (claro que eu levava GPS). Tem um estacionamento próprio, o que ajuda imenso a quem não consegue andar muito.
No interior tem uma receção e vários sofás onde sempre encontrei clientes a espera.
 
Na avaliação entreguei os exames, o médico fez-me uma série de questões, falou-me da anatomia da coluna e da patologia (com a ajuda de um modelo) e quais os objetivos da sua intervenção, observando por fim a coluna.
Após a consulta fui levada para outra sala onde me explicaram o plano de intervenção e quais os preços. Aqui foi-me explicado que têm duas fases distintas de intervenção: o tratamento e a manutenção. O tratamento é vendido como um pacote em que compramos todas as sessões na primeira vez que fazemos. A manutenção já poderá ser paga por sessão ou também adquirindo um pacote.
 
No meu caso fiz 5 semanas de tratamento (primeira fase) com uma periodicidade de 3x por semana. 
Quando comecei o tratamento conheci outra área da clínica. Nesta área há um género de uma receção onde, grande maioria das vezes, se encontrava ou o Dr. Nishimura ou outro membro da família, que sempre me cumprimentavam e perguntavam como estava. Depois era encaminhada para uma sala de tratamento individual.
Existem mais de uma dezena de salas para tratamento e eu estive em quase todas elas.
Na primeira sessão que fiz foi-me entregue um folheto "Tratamento da dor - com foco na causa do problema" com recomendações importantes e cuidados a ter no dia-a-dia.
Existem várias pessoas a trabalhar para o Dr. Nishimura. Inicialmente pensei que seriam Fisioterapeutas mas, depois apercebi-me que a formação base era muito diversificada, existindo profissionais formados em outras áreas da saúde.
Variava, praticamente sempre, a pessoa que me fazia o tratamento, mas a intervenção sempre era feita de forma muito semelhante, independentemente de quem a fizesse.
 
Na fase do tratamento a minha intervenção consistiu em alongamentos, mobilizações, tração vertebral mecânica e injeção de vitamina b12.
No final da fase de tratamento fui reavaliada e depois iniciei a fase de manutenção.
Na fase de manutenção, ao que já fazia, juntou-se a terapia por laser, ultra-som, ondas curtas e Xenon. Optei por também adquirir um pacote com 12 sessões para esta fase.
No final destas 12 sessões ensinaram-me exercícios e foi-me dado um folheto com a sua descrição para os fazer diariamente.
 
Relativamente aos ganhos que obtive durante o tratamento. Melhorei força no membro inferior esquerdo e normalizei a sensibilidade neste membro. Melhorei a nível funcional tolerando mais a posição de pé e a posição sentada, bem como conseguir andar maiores distancias.
 
Realizei nova RM para ver a evolução com o tratamento mas o espaço intervertebral manteve-se sem alteração. A promessa da tração vertebral é o aumento deste espaço mas isso não se verificou. Visivelmente o que se observa no exame é aparente regressão parcial do componente extrosado.
 
Embora tenha existido melhoria dos meus sintomas, pude constatar numa nova ressonância que não houve evolução significativa.
 
Este relato é baseado na minha experiencia e no meu caso específico e coloquei-o aqui com o objetivo de poder ajudar outras pessoas com a mesma patologia e também os profissionais que os acompanham.
 
A oferta de tratamento desta patologia é muito diversificada e nem sempre é fácil escolher qual o caminho a percorrer para a melhoria. A nível cientifico  não são muito claras quais as intervenções com mais eficácia para o tratamento desta patologia e muitas vezes escolhemos com base em opiniões de pessoas conhecidas ou em marketing apelativo com promessas de milagres.
 
Muitas das opiniões, sobre qual o melhor tratamento, baseiam-se na experiencia pessoal sendo por isso necessário investimento em estudos científicos que demonstrem a efetividade e eficácia das técnicas utilizadas.